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sábado, 26 de junho de 2010

Pesquisa premiada aponta uso inadequado de aparelhos de imobilização de punho

O Laboratório de Análise Funcional e Ajudas Técnicas do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) de UFSCar, juntamente com pesquisadores da Unicamp, desenvolve pesquisa para compreender o comportamento dos músculos do braço e da mão dos usuários de aparelhos de imobilização relativa, denominados de órteses. A pesquisa gerou o artigo “Órteses de punho durante o uso do computador: estudo eletromiográfico”, premiado no 30º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado em Belo Horizonte, entre os dias 12 e 15 de maio, com o Prêmio de Melhor Trabalho Científico.

A intenção era entender o aproveitamento dos músculos durante a digitação e o uso do mouse, sob a influência de dois tipos de órteses de extensão do punho, uma feita sob medida e outra comercialmente produzida. O trabalho teve como autores a professora Iracema Ferrigno, do DTO da UFSCar, o professor Luis Alberto Magna, do Departamento de Genética Médica da Unicamp e dos professores Alberto Cliquet Júnior e Américo Zoppi Filho, do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unicamp.

Segundo Iracema Ferrigno, as órteses têm a função de manter o punho em posição funcional para que haja o repouso dessa musculatura do antebraço. “No entanto, temos observado que alguns profissionais que usam computador têm a iniciativa de comprar essas órteses em lojas de produtos ortopédicos sem prescrição médica, o que pode acarretar piora no quadro de sintomas”, explica Ferrigno.

Entre os resultados, o estudo aponta que várias órteses podem ser inadequadas porque impedem o movimento completo dos dedos, não favorecendo o livre uso do polegar para pegar objetos pequenos. Esse impedimento da órtese, pode levar a maior tensão dos músculos e fazer com que a pessoa use a musculatura inadequadamente. De acordo com Ferrigno, as órteses são consideradas como um dos recursos de tratamento que deve ser prescrito por profissional, pois exige um diagnóstico, uma escolha da órtese adequada para o caso, indicações de tempo de uso, entre outros fatores.

Para minimizar os agravos da saúde de usuários assíduos de computadores, a terapeuta ocupacional acredita que é necessário um investimento em mobiliário mais ergonômico, além do desenvolvimento de hábitos como fazer uma pausa de uns quinze minutos após 1 ou 2 horas de trabalho no computador.

31/05/2010 - 14:45
http://www2.ufscar.br/servicos/noticias.php?idNot=3049

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