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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Jogos Eletrônicos e Reabilitação de Problemas Motores




Terapias de reabilitação para pacientes que perderam o movimento dos membros superiores costumam ser monótonas ou exigir equipamentos caros.
Pensando nisso, engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolveram o GenVirtual um programa de computador capaz de tornar os métodos de reabilitação mais estimulantes.
Em testes realizados na Associação Brasileira de Distrofia Muscular (Abdim) a taxa de motivação dos pacientes que usavam o programa aumentou em 10% em relação à terapia convencional, com massinha e bastão.
O software permite que o paciente interaja com jogo da memória e compositor musical virtuais, enquanto passa a mão sobre cartões de papel localizados no campo de visão de uma webcam. Para o sistema funcionar, basta conectar tudo a um computador comum.

O GenVirtual lembra o "Genius", brinquedo lançado no Brasil na década de 1980. O terapeuta coloca abaixo da webcam os cartões na disposição desejada. Na tela do computador, o software faz aparecer cubos coloridos que giram e brilham em sequências cada vez mais complicadas. A criança precisa tocar nos cartões repetindo a sequência dos cubos da tela.
Já no compositor, o terapeuta posiciona à vista da webcam quadrados com letras que representam as notas musicais. Em resposta, o software faz aparecer na tela cubos coloridos. Quando o paciente passa a mão sobre o cartão, o computador mostra os cubos coloridos sendo apertados e produzindo os sons das respectivas notas.
Colocando cartões com desenhos de instrumentos sob a câmera, os pacientes podem "tocar" flauta, guitarra, piano, violão, pandeiro, caixa ou prato.
"O que tentamos fazer é oferecer mais recursos para que o processo de reabilitação motora se torne mais atraente e divertido", explica Ana Grasielle Corrêa, engenheira elétrica que desenvolve o programa em seu doutorado no Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Poli.

Terapia ocupacional

Ana Grasielle percebeu essa necessidade ao conhecer o setor de terapia ocupacional da Abdim e o de musicoterapia da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).
Os exercícios de terapia ocupacional muitas vezes eram monótonos, causando baixa aderência ao programa de reabilitação. E, segundo Ana, recursos para apoiar atividades de musicoterapia de pacientes com grave comprometimento motor são poucos e caros no Brasil.
"Para tocar piano, por exemplo, era necessário utilizar um adaptador, caso o paciente apresentasse dificuldades em separar os dedos das mãos", relata. "Pacientes em estágio avançado de uma distrofia muscular não possuíam forças suficientes para tocar pandeiro, caixas e tubas."
O GenVirtual é mais acessível, porque dispensa o uso da força muscular e o terapeuta pode posicionar os cartões da forma que for melhor para cada paciente. O profissional também pode decidir o tamanho e cor dos cartões, além de elaborar as atividades de acordo com as necessidades do paciente.
"As avaliações realizadas na AACD e ABDIM comprovam que o GenVirtual foi capaz de aumentar a motivação e satisfação tanto dos pacientes quanto dos terapeutas e cuidadores em sessões de reabilitação motora", explica a pesquisadora.
O programa tem algumas limitações: precisa de ambientes bem iluminados para funcionar e não tem grande efeito em pacientes com limitações graves.
Interessados podem fazer o download e encontrar instruções sobre o Genvirtual no site do projeto, no endereço www. lsi. usp. br / nate / projetos / genvirtual.


Publicado por Nilbberth Silva - Agência USP
em Diário da Saúde [www. diariodasaude. com. br]

Aparelho acionado pela respiração ajuda deficientes a escrever e navegar na internet



WASHINGTON, 26 Jul 2010 (AFP) -As pessoas que sofrem de alguma incapacidade motora grave, muito em breve poderão até escrever, conduzir sua cadeira de rodas ou navegar na internet graças a um novo aparelho acionado pela própria respiração, segundo um estudo difundido nesta segunda-feira nos Estados Unidos.

O aparelho funciona graças à pressão exercida pela respiração nasal, que percorre o véu do palato, explica o estudo divulgado nos Anais da Academia Nacional de Ciências Americanas (PNAS).

"O véu do palato é controlado pelos nervos cranianos, que se mantêm bem conservados por trás de um ferimento grave", explicou à AFP Noam Sobel, professor de neurobiologia do Instituto Weizmann de Rehovot, de Israel, um dos principais autores do estudo.

"É por essa razão que o piscar dos olhos pode ser usado na comunicação com as pessoas gravemente feridas. Ele também é controlado pelos nervos cranianos", explica o especialista.

Noam Sobel trabalhou com colegas do Instituto Weizmann e da Faculdade de Medicina Sackler da Universidade de Tel Aviv para desenvolver um meio de transformar a respiração em sinais elétricos.

O aparelho, um pequeno tubo instalado na entrada da narina e conectado a um sensor que mede a pressão, é parecido com os tubos usados para administrar oxigênio em pacientes nos hospitais. Os portadores de deficiência que o testaram conseguiram rapidamente jogar games no computador ou escrever utilizando sua respiração.

Estimulados por esses resultados, os pesquisadores decidiram testar o aparelho com pessoas tetraplégicas ou com claustrofobia: uma moça tetraplégica que sofre de esclerose severa conseguiu escrever pela primeira vez em dez anos, aprendeu a mover um cursor na tela graças à respiração e, desde então, utiliza o aparelho para enviar e-mails.

"Este aparelho permitiu que nos comunicássemos com as pessoas seriamente incapacitadas e, inclusive, com pessoas que não podiam sequer piscar e que agora nos enviam sinais através da respiração. É emocionante", comentou Sobel.

Os pesquisadores adaptaram o aparelho, em seguida, para ser utilizado em uma cadeira de rodas elétrica.

"Um tetraplégico pode utilizar o controle da respiração para conduzir uma cadeira de rodas elétrica com uma grande precisão depois de apenas 15 minutos de treinamento", segundo o estudo.

Esta tecnologia ainda está em desenvolvimento e o Instituto Weizmann já solicitou a patente. Se chegar a uma etapa de produção em massa, o aparelho não deverá custar mais de 10 a 20 dólares, segundo Noam Sobel.

Divulgando

Intervenção da Terapia Ocupacional na Oncologia Pediátrica


MINISTRADO PELA TERAPEUTA OCUPACIONAL WALKYRIA DE ALMEIDA SANTOS
terapeuta ocupacional no IOP-Graacc/UNIFESP, membro da ABRALE, SOBOPE e SLAOP, especialista em atendimento infantil.

Programa

• Generalidades sobre o câncer infantil
• A criança com câncer, atenção integral.
• Terapia Ocupacional em reabilitação oncológica.
• Terapia Ocupacional em Oncologia Pediátrica.
• Apresentação de casos clínicos e discussão


Data: 29 de agosto de 2010

Carga Horária: 08 horas (oito horas) – 8:15h às 17:15h

Investimento: R$ 92,00

Público - alvo: Terapeutas ocupacionais (estudantes e profissionais)

Os participantes receberão apostila e certificado



Local: região central de São Paulo / SP



Verifique as informações do curso através do link http://www.lojadato.com.br/MaisProduto.asp?Produto=181 e clique em COMPRAR


Inscrições até dia 26 de agosto de 2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SAÚDE DA FAMÍLIA GANHA REFORÇO COM PROGRAMA PIONEIRO DE ATENÇÃO BÁSICA

As equipes do NASF e NAPI atuarão nos distritos sanitários I e II, reforçando atendimento na rede municipal e encaminhando os usuários para os serviços especializados

Por Mhatteus Sampaio


Os usuários do Distrito Sanitário I contam, a partir desta segunda-feira (7), com uma nova modalidade de serviço voltado para a Atenção Básica do município: o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). O lançamento do serviço, pioneiro na capital pernambucana, foi feito pelo secretário de Saúde, Gustavo Couto, na PSF São José do Coque, na Ilha de Joana Bezerra.

Melhoria no atendimento de saúde pública para a população, aumentar ainda mais a resolutividade da Atenção Básica na rede municipal, qualificação do PSF, são alguns dos princípios que norteiam a atuação das duas equipes do NASF, que trabalharão juntamente com a equipe de Saúde da Família, reforçando o cuidado com os usuários da rede municipal e fazendo os encaminhamentos para os serviços especializados.

O trabalho desse grupo, que ficará sediado no PSF São José do Coque, será identificar, no território, as necessidades dos pacientes, auxiliando com a assistência integral à saúde, por meio de um atendimento humanizado. Duas equipes multiprofissionais trabalharão de acordo com as especificidades do território e da rede de saúde: Psicólogo, Assistente Social, Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo; Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, médicos Ginecologista, Homeopata, Acupunturista, Pediatra e Psiquiatra.

“A proposta de trabalho e ação, aproximação das equipes, fará com que tenhamos respostas imediatas relacionadas à resolutividade do serviço. Esta é mais uma estratégia da Prefeitura do Recife com o propósito de qualificar e fortalecer a rede municipal, com uma clínica mais forte, articulada, a partir dos núcleos de apoio ao Saúde da Família. Precisamos adotar mais iniciativas como esta para podermos instrumentalizar o serviço, contemplar cada vez mais os usuários da rede. É uma satisfação fazer o lançamento desse núcleo nesta comunidade, trazendo profissionais qualificados e comprometidos com o acolhimento e preocupados com o bem-estar da população”, avaliou Bernadete Perez, diretora de Atenção à Saúde do Recife.

Práticas Integrativas – Ainda nesta segunda-feira, foi lançado na Unidade de Cuidados Integrais à Saúde Guilherme Abath, no bairro do Torreão, Zona Norte do Recife, o Núcleo de Apoio a Práticas Integrativas (NAPI), que também contará com duas equipes que atuarão de forma semelhante à do NASF, mas com ênfase nas práticas integrativas e complementares, a partir da oferta ampliada de atividades coletivas e individuais, que visam a promover o bem-estar, a partir da melhoria da qualidade de vida da população.

A equipe do NAPI contará com médicos Homeopata, Acupunturista, Nutricionista, Farmacêutico, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, que atuarão em práticas integrativas como Tai Chi Chuan, Liang Gong, Yoga (técnicas de exercícios para prevenir e tratar de dores no corpo e restaurar a sua movimentação), Bioenergética, Massoterapia, Acupuntura, Homeopatia, Medicina e Terapia Ayurvedica, Alimentação Saudável, Fitoterapia e Percussão e dança.


Veja na íntegra: http://www.recife.pe.gov.br

sábado, 24 de julho de 2010

Divulgando

Comunicação Alternativa: Estratégias para construção de pranchas de comunicação

Ministrado por: Miryam Pelosi / Vera L.Vieira de Souza

Data: 12 e 13/08/2010 - Curso gratuito / Vagas limitadas
Horário: 8h às 17h
Local: NCE/UFRJ

Terapeutas Ocupacionais na UTI

Mais espaço na UTI

Resolução inclui serviço de terapia ocupacional nas unidades e amplia jornada dos fisioterapeutas



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituiu uma resolução que dispõe os requisitos mínimos para o funcionamento das UTIs, a resolução n° 7, de 24 de fevereiro de 2010. Com a nova legislação, a presença do terapeuta ocupacional passa a ser obrigatória nas UTIs e a carga horária dos fisioterapeutas torna-se maior.
A antiga legislação designava um fisioterapeuta para cada dez leitos nos turno da manhã e tarde. Com a nova resolução, um fisioterapeuta trabalha para cada dez leitos nos turnos matutino, vespertino e noturno, totalizando 18 horas diárias de cobertura. UTIs de todo o país, sejam neonatal, pediátrica ou adultas, devem se adequar às normas. As medidas valem para hospitais públicos, privados e militares.
O Crefito-SP tem encaminhado ofícios aos hospitais e Santas Casas do Estado de São Paulo com o objetivo de saber se as unidades já estão se adequando às novas regras. Neste primeiro momento da campanha, o trabalho do Conselho é de orientar os hospitais sobre a resolução. Os estabelecimentos têm o prazo de 180 dias, contados a partir de 25 de fevereiro de 2010, data da publicação da resolução, para promover as mudanças necessárias. A partir deste período o Crefito-SP iniciará a fiscalização.

Data :
22/7/2010


Vamos tirar essa nova resolução do papel! Vamos ampliar nosso mercado de trabalho!

sábado, 17 de julho de 2010

TECNOLOGIA REABILITADORA: ÓRTESES

Boa tarde,
Hoje na pós graduação tivemos aula prática de confecção de órteses. Uma aula pesada, mas muito produtiva. Vou postar um artigo resumido com esse tema.
Beijos


TECNOLOGIA REABILITADORA: ÓRTESES
Autores: Simone Maria Puresa Fonseca Lima, Jeanine Maria Linzmeyer, Prof. Dr. Danilo Masiero

RESUMO

O uso das órteses de membros superiores em consultórios, hospitais e centros de reabilitação, como recurso terapêutico na reabilitação vem aumentando nos últimos anos. A grande variedade de termoplásticos melhoraram em muito a qualidade das órteses, dispondo da sua forma mais plástica ou mais emborrachada para confecciona-las de acordo com a necessidade de cada paciente. Como material de baixo custo, em relação ao termoplástico, podemos utilizar o gesso sintético que apresenta boa resistência e fácil modelagem, ou ainda a atadura gessada.

No período de janeiro de 1996 a dezembro de 1999, na oficina ortopédica do Lar Escola São Francisco/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-EPM), foram confeccionadas 643 órteses em termoplástico para membros superiores, por terapeutas ocupacionais, com predomínio de órteses para pacientes neurológicos do tipo abdutor de polegar. No Setor de Terapia Ocupacional foram confeccionadas 600 órteses em atadura gessada e 83 em gesso sintético.

INTRODUÇÃO

O terapeuta ocupacional busca de diversas formas intervir para alcançar a recuperação funcional de pessoas com doenças e traumas diversos. A reabilitação dos membros superiores faz parte dos objetivos almejados e diversas técnicas, procedimentos e recursos são empregados. Estes arsenais requerem do terapeuta estudo e clínica nas áreas de anatomia, fisiologia, biomecânica e patologias diversas que acometem os membros superiores e hoje, através da especialidade em terapia da mão é possível ao terapeuta aprimorar e qualificar os seus conhecimentos. Diversos recursos podem ser empregados e as órteses incluem-se como de grande importância na recuperação funcional.
A confecção das órteses envolve diversas fases, em 1999 CHERYL & TROMBLY descreveram que elas vão desde a prescrição, o modelo planejado, a fabricação, a checagem, até o treinamento final para a utilização. 3 É necessário também, que o terapeuta esteja atualizado sobre os materiais existentes no mercado nacional e internacional, técnicas de confecção, reconhecer a indicação, contra-indicação e o custo versus o benefício da órtese prescrita para cada paciente.

WILTON & DIVAL (1997), determinaram 4 requisitos necessários à prática terapêutica das órteses que garantam o sucesso do resultado do produto a ser utilizado:

1. Conhecimento da patologia, anatomia e cinesiologia;

2. Conhecimento dos procedimentos e prática da intervenção terapêutica, onde a órtese é mais uma modalidade;

3. Conhecimento das propostas, funções e princípios que envolvem os modelos e confecção das órteses e

4. Habilidades técnicas e conhecimentos dos procedimentos para confecção da órtese.


Os mesmos autores ressaltaram que a proposta da órtese deve ser determinada para caracterizar adequadamente a intervenção, desta forma, a órtese poderá ser utilizada para:

1 - Imobilizar, estabilizar ou proteger áreas na fase aguda dos processos cicatriciais, cirurgias ou exacerbação da doença,

2 - Imobilizar, estabilizar ou proteger as áreas quando estão comprometidas em sua integridade por doenças crônicas.

3 - Proteger áreas que estão em risco de deformidades e encurtamento subsequentes a paralisias ou alterações de tônus,

4 - Otimizar o uso funcional dos membros superiores,

5 - Substituir musculatura paralisada e

6 - Corrigir deformidades.

O estudo, a compreensão correta dos princípios mencionados e a aplicação prática destes mesmos princípios, favorecerão extremamente o resultado final para benefício do usuário.

DISCUSSÃO

A utilização das órteses como recurso terapêutico tem se mostrado de grande valia na prática clínica do Setor de Terapia Ocupacional, tanto como coadjuvante para o tratamento de patologias ortopédicas quanto neurológicas de ordem central ou periférica.

Elas auxiliam no repouso e posicionamento do segmento, prevenção de deformidades e concomitando muitas vezes a função de executador para o deslizamento dos tendões.

A escolha do tipo de órtese e do material é criteriosa. Após uma correta e minuciosa avaliação do paciente diagnóstico, tecidos e estruturas acometidas, objetivos da sua indicação e contra-indicação é que o terapeuta intervém. Estas observações são discutidas amplamente por autores, como BREGER-LEE et al. (1991), CHERYL e TROMBLY (1995), FESS et al. (1988) e WILTON (1997).

Quanto aos materiais, foi eleito pelos terapeutas do Setor de Terapia Ocupacional o termoplástico como o melhor material, fácil de modelar a baixa temperatura, com alta resistência e com boas condições de acabamento, entretanto a aquisição do produto ainda é restrita devido ao seu alto custo e disponibilidade, pois são pouquíssimas as importadoras no Brasil.

Para os pacientes com lesões ortopédicas dos membros superiores a atadura gessada mostrou-se de extrema valia e com resultados compatíveis aos esperados. O custo inferior possibilitou intervir-se adequadamente com as órteses seriadas que objetivavam as trocas semanais, foi eleito o material de mais baixo custo financeiro e de fácil modelagem, porém de menor resistência e conforto.

O gesso sintético é um recurso de custo intermediário que pode ser utilizado muitas vezes em substituição ao material termoplástico com bons resultados clínicos, requer um treinamento extra para familiarização do terapeuta ocupacional. É o material que apresenta um grau de dificuldade maior no seu manuseio, recorte e acabamento.

A atadura gessada e o gesso sintético não permitem remodelagens e correções posteriores o que exige treino para familiarização do terapeuta com os materiais para evitar o desperdício desnecessário.

Para uma efetividade desde a indicação até o objetivo final que é o uso da órtese pelo paciente, devem ser considerados vários critérios já discutidos amplamente. Entretanto, torna-se fundamental a análise da real necessidade da órtese, o modelo indicado, os princípios biomecânicos envolvidos, cuidados na confecção, adequação da órtese as estruturas envolvidas e a educação do paciente quanto ao uso para auxiliar efetivamente na recuperação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O acompanhamento do paciente que utiliza uma órtese como recurso terapêutico deve ser constante pelo terapeuta ocupacional, pois como parte integrante de um tratamento global suas indicações se modificam com a evolução do caso.

É importante salientar que o uso de uma órtese não substitui as terapias, sendo ela apenas um coadjuvante do tratamento.

Para a sua confecção é necessário aprimoramento constante do terapeuta, seja quanto ao manuseio dos diferentes materiais e ou da correta indicação. Os modelos preestabelecidos orientam o padrão de uma órtese em algumas patologias, entretanto a heterogeneidade dos traumas e deformidades nos membros superiores é enorme, exigindo do terapeuta ocupacional treinamento e aperfeiçoamento. Este princípios quando bem aplicados promovem o equilíbrio das órtese tornando-a adequada ao paciente, evitando-se os desequilíbrios desnecessários e lesivos. pois deve ser considerado que nem sempre as órteses seguem os modelos pré estabelecidos em função das variações anatômicas individuais e das alterações que advém de um processo patológico qualquer.

Este estudo permitiu concluir que o estudo, treinamento e a experiência clínica do terapeuta, são os verdadeiros referenciais na determinação da escolha dos materiais mais apropriado e que irão alcançar os resultados reais.

Artigo na integro em: Casa da T.O.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Entrevista sobre Terapia Ocupacional em Geriatria

SaudeAqui.com: Quais os métodos utilizados na terapia ocupacional voltada para idosos?

Izana Lopes: Depende de cada patologia: Alzheimer, Artrite, Artrose, etc. Para Alzheimer são utilizados exercícios que trabalham a memória: jogo da memória, nomes da família, de objetos, cores, trabalhos relacionados a pintura, quebra-cabeça. Para o paciente que tem Artrose é diferente. A Terapia Ocupacional trabalha com exercícios que estimulam a mão, a “pinça”. Os recursos terapêuticos usados são jogos de dama, xadrez, que o paciente tem que levar as peças à pinça fina, formada pelo dedo indicador e o polegar. Muitas vezes se usa feijão e macarrão. Também se fazem exercícios como alongamento, para ele voltar a escrever, digitar, etc. São atividades expressivas, perceptivas, cognitivas e lúdicas.

SaudeAqui.com: Quais os reais objetivos desses exercícios?

Izana Lopes: Buscar o máximo da memória do idoso, estimular as funções cognitivas, como linguagem, raciocínio, atenção e também estimular as habilidades motoras e sensórias, como movimento, olfato, paladar, visão. Ele tem que procurar pensar, raciocinar, se concentrar e memorizar aquelas figuras, aqueles objetos ou aqueles nomes que estão ali para estimular a memória, já que o Alzheimer ataca justamente esse ponto.

SaudeAqui.com: Quais são as principais queixas de um idoso que procura a Terapia Ocupacional?

Izana Lopes: Para o idoso com Alzheimer a queixa principal é a perda de memória. Para Artrite e Artrose, é a dor, a dificuldade de flexionar os dedos, de segurar um objeto.

SaudeAqui.com: Quais os principais resultados da terapia a curto e longo prazo?

Izana Lopes: Para um paciente com Alzheimer, a resposta vai ser mais demorada. A curto prazo é muito pouco o resultado apresentado. Se a pessoa teve alguma lesão na mão, passou por uma cirurgia e quer voltar a escrever, por exemplo, existe uma reposta a curto prazo. Mas Artrite, Artrose, Alzheimer, tudo é a longo prazo.

SaudeAqui.com: Em que atividades os pacientes recebem mais acompanhamento na terapia?

Izana Lopes: Com idoso, a gente trabalha muito as Atividades da Vida Diária (AVD) e as Atividades Instrumentais da Vida Diária (AVDI). As AVDs são tarefas que a gente faz no dia-a-dia em casa, como trocar de roupa, escovar os dentes, pentear os cabelos, comer. As AVDIs são atividades fora de casa, com ir ao supermercado, pagar um conta no banco, fazer compras. Para todas essas atividades, a gente também auxilia os pacientes e seus familiares.

SaudeAqui.com: Como deve ser a terapia preferencialmente: em grupo ou individual?

Izana Lopes: Depende. Se você está trabalhando com um grupo, ele tem que ter a mesma patologia e idades próximas, por exemplo, idosos de 60 a 65 anos com Alzheimer. Não adianta colocar uma pessoa de 50 anos com uma de 70, porque não vai haver desenvolvimento. No caso do Alzheimer, o paciente de 50 anos pode acelerar o processo de perda de memória se estiver sendo acompanhado junto ao paciente de 70. Quando o paciente apresenta uma patologia diferente ou uma idade diferente dos grupos, deve ser atendido individualmente.

SaudeAqui.com: Como a terapia influi no tratamento geriátrico?

Izana Lopes: O geriatra vai fazer uma avaliação no paciente e dependendo da patologia do idoso, ele vai ou não indicar a Terapia Ocupacional. Então, o terapeuta vai ajudar de acordo com o diagnóstico que o geriatra deu. Ele diagnostica a doença de Alzheimer e verifica se o paciente já não é acompanhado por um psicólogo, um terapeuta, um fonoaudiólogo, e encaminha para o profissional que o idoso necessita naquele momento.

SaudeAqui.com: Que ambientes são mais indicados para a Terapia Ocupacional do idoso?

Izana Lopes: Uma sala ampla, arejada, onde o paciente se sinta à vontade. A gente trabalha mais o paciente, então ele tem que estar num ambiente onde ele se sinta bem. Na maioria das vezes, por exemplo, eu atendo à domicílio. O paciente está em casa, que é o ambiente dele.

SaudeAqui.com: Existe algum acompanhamento também para a família?

Izana Lopes: Existe sim. Nós sempre damos um auxílio à família. Às vezes ela não sabe como lidar com o paciente, porque não sabe até que ponto ele vai lembrar do filho, da esposa, do marido, da casa, então esse é o atendimento que a gente pode dar à família. Explicando até que ponto o paciente pode chegar e as surpresas que a família pode ter de como o paciente vai agir, como ele vai se comportar. Também damos muitos conselhos de adaptação para melhorar a vida do idoso.

SaudeAqui.com: Se o idoso apresenta uma melhora com a terapia, ele deve continuar ou já pode parar?

Izana Lopes: No caso do paciente com Alzheimer, é aconselhado haver sempre uma continuação, porque o Alzheimer provoca uma perda de memória gradativa. Se a doença foi estabilizada num ponto e o atendimento continuar, essa estabilidade vai ser mantida. O paciente não vai recuperar a memória que já perdeu, mas vai retardar o processo de perda da memória dali em diante.

SaudeAqui.com: Quais adaptações são sugeridas para a casa dos pacientes?

Izana Lopes: A casa é sempre verificada. Existe o que se chama de Home Care, que é planejamento do ambiente domiciliar. Devem ser usados tapetes antiderrapantes, barra de proteção nos banheiros, nas escadas, lixas nos degraus das escadas para que eles não fiquem escorregadios. Adaptações nos banheiros, adaptações para pacientes que precisam da cadeira de rodas, adaptações em talheres para os paciente que têm dificuldade de comer.



A Dra. Izana Lopes trabalha como terapeuta ocupacional na GERONTOCLIN e é membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

FONTE: saudeaqui.com

sábado, 26 de junho de 2010

Pesquisa premiada aponta uso inadequado de aparelhos de imobilização de punho

O Laboratório de Análise Funcional e Ajudas Técnicas do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) de UFSCar, juntamente com pesquisadores da Unicamp, desenvolve pesquisa para compreender o comportamento dos músculos do braço e da mão dos usuários de aparelhos de imobilização relativa, denominados de órteses. A pesquisa gerou o artigo “Órteses de punho durante o uso do computador: estudo eletromiográfico”, premiado no 30º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado em Belo Horizonte, entre os dias 12 e 15 de maio, com o Prêmio de Melhor Trabalho Científico.

A intenção era entender o aproveitamento dos músculos durante a digitação e o uso do mouse, sob a influência de dois tipos de órteses de extensão do punho, uma feita sob medida e outra comercialmente produzida. O trabalho teve como autores a professora Iracema Ferrigno, do DTO da UFSCar, o professor Luis Alberto Magna, do Departamento de Genética Médica da Unicamp e dos professores Alberto Cliquet Júnior e Américo Zoppi Filho, do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unicamp.

Segundo Iracema Ferrigno, as órteses têm a função de manter o punho em posição funcional para que haja o repouso dessa musculatura do antebraço. “No entanto, temos observado que alguns profissionais que usam computador têm a iniciativa de comprar essas órteses em lojas de produtos ortopédicos sem prescrição médica, o que pode acarretar piora no quadro de sintomas”, explica Ferrigno.

Entre os resultados, o estudo aponta que várias órteses podem ser inadequadas porque impedem o movimento completo dos dedos, não favorecendo o livre uso do polegar para pegar objetos pequenos. Esse impedimento da órtese, pode levar a maior tensão dos músculos e fazer com que a pessoa use a musculatura inadequadamente. De acordo com Ferrigno, as órteses são consideradas como um dos recursos de tratamento que deve ser prescrito por profissional, pois exige um diagnóstico, uma escolha da órtese adequada para o caso, indicações de tempo de uso, entre outros fatores.

Para minimizar os agravos da saúde de usuários assíduos de computadores, a terapeuta ocupacional acredita que é necessário um investimento em mobiliário mais ergonômico, além do desenvolvimento de hábitos como fazer uma pausa de uns quinze minutos após 1 ou 2 horas de trabalho no computador.

31/05/2010 - 14:45
http://www2.ufscar.br/servicos/noticias.php?idNot=3049

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Melhor Carreira 2009: Terapeuta Ocupacional

A matéria a seguir foi retirada do site US News e traduzida por mim. Mostra a Terapia Ocupacional como a melhor carreira de 2009!

Tomamos por certo a nossa capacidade de abotoar uma camisa, usar um computador ou dirigir um carro. Mas muitos adultos que sofreram acidentes, crianças nascidas com deficiência, idosos que devido ao envelhecimento não podem assumem essas competências. O terapeuta ocupacional ajuda essas pessoas a viverem o mais independente quanto possível. Trinta por cento dos T.O.'s trabalham em escolas, auxiliando, por exemplo, na interação de crianças autistas com outras crianças. A maioria dos T.O.'s trabalham em hospitais ou em atendimento domiciliar.

A maioria dos adultos desejam permanecer em suas casas o maior tempo possível, para ajudar pessoas idosas, muitas vezes os T.O.'s podem atuar como facilitadores dessas relações. Um T.O. pode, por exemplo, recomendar um robô que pode escalar escadas para pegar objetos necessários, desenvolver soluções para que os pacientes tenham independência para se alimentar, ou indicar programas de computador que exercitem a memória para ajudar um paciente com Alzheimer. Esta é uma carreira desafiadora é ideal para pessoas criativas, que encontram satisfação em pequenos sucessos.

Um Dia na Vida.

O dia do T.O. começa no hospital, ensinando um homem que sofreu uma lesão medular em um acidente de carro, como usar uma cadeira de rodas. Em seguida, atender uma mulher mais velha que sofreu um acidente vascular cerebral, em que sua prioridade é desenvolver um conjunto de exercícios que irão ajudá-la a escovar os cabelos e cuidar de si mesma, além de ajudá-la a se recuperar. O T.O. deixa o hospital para atender uma idosa que está perdendo a visão em seu domicílio, onde se utilizará tecnologia assistiva, como um programa de software que você instala no computador para ampliar o texto automaticamente. A próxima parada é o mais difícil: a casa de uma paciente com Alzheimer, com 90 anos de idade a mulher está mentalmente forte, mas fisicamente fraca. Por cinco horas, o T.O. se sente exausto, mas recompensado.

Especialidade: Consultoria

As pessoas envelhecem, o seu tempo de reação, visão noturna ou visão periférica podem entrar em declínio. Uma pessoa pode contratar um consultor para avaliar o envelhecimento de um parente, ou para recomendar dispositivos para manter a segurança ao volante. Alguns consultores T.O.'s podem não se encontrar com o paciente. Por exemplo, um agente imobiliário poderia contratar um T.O. para desenvolvimento de adaptações em habitações.


Por MARTY NEMKO
Posted: 11 dez 2008

(http://www.usnews.com/money/careers/articles/2008/12/11/best-careers-2009-occupational-therapist.html)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma forcinha para o dia a dia


Ferramentas e órteses de baixo custo dão mais autonomia para pacientes com dificuldades motoras e facilitam a vida de cuidadores

Publicado em 07/01/2010 | ANNA PAULA FRANCO


Papelão, canos de PVC, EVA (etil-vinil-acetato) e outros materiais de baixo custo estão ajudando idosos com dificuldades motoras a conquistar mais autonomia e independência em atividades corriqueiras, como pentear o cabelo, beber água ou se alimentar. O projeto desenvolvido pelas terapeutas ocupacionais Lorena Lopes e Lorena Pimentel, de Natal (RN), usa matéria-prima barata para confeccionar ferramentas e órteses que facilitam a vida dos pacientes e seus cuidadores. Elas criaram cabos universais para escovas de dente, barbeadores, talheres, copos e outros utensílios domésticos que dão mais segurança na hora de manusear os objetos. O PVC é usado para fazer bengalas e andadores, reduzindo o custo de equipamentos que ajudam na mobilidade dos pacientes.

A rotina dos hospitais públicos onde as terapeutas trabalham foi a inspiração para a criação dos adaptadores. “O público é muito carente e não tem dinheiro para comprar equipamentos que os ajudariam nas ações mais simples do dia a dia. Aplicamos técnicas de terapia assistiva para dar mais qualidade de vida a esses pacientes”, diz Lorena Pimentel. As terapeutas produziram as primeiras peças com materiais descartados pelas instituições, como caixas de papelão. “A ideia era baratear as ferramentas disponíveis para dar acesso à tecnologia a mais pessoas”, explica Lorena Lopes.

Não foram só os pacientes que foram beneficiados com o projeto. A produção de órteses foi fundamental também para os cuidadores, que puderam delegar aos idosos algumas pequenas tarefas cotidianas, o que, além de contribuir para a construção da autonomia e garantir alguma independência, ajuda a reduzir a sobrecarga nos cuidados com o paciente.

Para replicar a ideia, as terapeutas promoveram oficinas de terapia assistiva para treinamento de cuidadores dos pacientes. O projeto, que faz parte do Progra ma de Internação Domiciliar da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte, foi uma das iniciativas premiadas pelo concurso Talentos da Maturidade do ano passado. Em 2009, foram realizadas duas oficinas, bancadas pelas próprias terapeutas. Com o dinheiro da premiação, pelo menos 50 pes soas por mês receberão o treinamento até o fim deste ano.

Soluções simples, como a almofada de alpiste, para prevenção de escaras – feridas comuns em pacientes acamados por longos períodos –, deram mais conforto a pacientes pobres da periferia de Natal. “A almofada de alpiste tem uma maleabilidade semelhante à da água e não esquenta. Garante mais bem-estar a quem passa o tempo todo deitado, imobilizado”, explicam. A técnica é apropriada a climas quentes e secos, como o do Nordeste. “Não funciona com a umidade”, alerta Lorena Lopes.

Idosos com sequelas de derrames cerebrais, amputados ou com dificuldade na coordenação motora fina puderam, aos poucos, reassumir cuidados com a higiene e a alimentação diária por meio das órteses de baixo custo. “Ao proporcionar mais autonomia e independência ao paciente, há também um ganho no aspecto psicológico. Ele se sente mais confiante e útil, e o cuidador também consegue se organizar melhor no atendimento do idoso em casa”, observa Pimentel. As oficinas de terapia assistiva incluem também orientação sobre como deixar a casa do idoso mais segura, com o uso de barras de apoio, instalação de corrimões e uso de material antiderrapante no piso.

sábado, 15 de maio de 2010

Preservação da Memória – Técnicas utilizadas pela Terapia Ocupacional

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a idéia de envelhecimento com qualidade de vida é um bom funcionamento físico e mental. A manutenção da memória em um idoso saudável é uma preocupação de alta prioridade para geriatras e gerontologos, pois ela ajuda a manter o idoso ativo e independente. Existem alguns mecanismos internos e externos que possibilitam o funcionamento da memória, tais como técnicas para melhorar habilidades e para manter a preservação da mesma.

Estudos demonstram resultados positivos da utilização da técnica de estimulação, como estratégia de treinamento de memória para idosos conforme figuras em anexas. A Terapia Ocupacional utiliza a atividade como recurso terapêutico a fim de proporcionar ao indivíduo idoso um melhor desempenho funcional, mental e social. No que diz respeito à perda da memória ela trabalha na prevenção e estimulação, proporcionando independência e participação social.

O terapeuta ocupacional busca resgatar e estimular o idoso nas atividades cognitivas e atuar na organização do seu cotidiano. Na estimulação cognitiva usam-se atividades que mantenham ativos a concentração, a seqüência do pensamento, a atenção e a capacidade de fazer escolhas. Segundo Ferrari (1997) reverter o processo da doença ainda não é possível, mas o fato do paciente realizar atividades, estimula-o a usar suas capacidades remanescentes e ajuda-o a mantê-las, é um trabalho de manutenção e prevenção. Para isso podem ser utilizadas técnicas de acordo com Lasca e Gasparetto (2002), mostradas abaixo.

Estratégias Externas:
· A contínua atividade intelectual como a leitura, exercícios de memória, palavras cruzadas e jogos de xadrez auxiliam a manutenção da memória.
· O estilo de vida ativo com atividade física feito com regularidade e uma boa dieta saudável são básicas para a preservação da memória.
· A diminuição da memória que ocorre na terceira idade, na maioria das vezes é benigno, mas frequentemente por falta de informação, o idoso tem dificuldade de aceita-la como um fato normal.
· A participação em grupos educativos e terapêuticos contribui para o resgate e desenvolvimento de potencialidades presentes na terceira idade.
· Planejamento dos compromissos: fazer um plano das atividades ajuda o idoso a se orientar e se organizar quanto aos horários e datas dos compromissos. Deve-ser feito um planejamento de forma que se adapte ao seu estilo de vida. Faça um plano dos compromissos da semana e tente segui-lo.
· Organização do ambiente: facilita encontrar objetos que você precisa, bem como a utilização desses objetos. Adquira o hábito de organizar não só o objetos, mas também informações. Quando nos organizamos nos tornamos mais produtivos.
· Anotações: atualmente, existem diversas formas de fazer anotações. Podem ser feitas com adesivos, papeis autocolantes, uso de agendas, cadernos, blocos, calendários servem como lembretes.
· Listas de afazeres: crie o hábito de fazer listas do que precisa realizar no dia, listas de compras, lista das pessoas que vai telefonar, dos lugares que precisa ir, a lista ajuda o idoso a se orientar no tempo e espaço, facilitando o cumprimento das atividades.
· Uso de recursos eletrônicos: atualmente, com o avanço da tecnologia os aparelhos como relógio, celular, rádio relógio auxiliam nas recordações de informações facilitando os compromissos.
· Uso de pastas e caixas: alguns objetos como documentos, remédios e contas, dentre outros objetos de valor que devem permanecer guardados, precisam ser organizados como se fossem em arquivos. Deve-se colar adesivos nas pastas e caixas para localizar o que está guardado. Caso o idoso não seja alfabetizado deve-se recorrer ao uso de figuras e cores.

Estratégias internas:
· Estratégias de estimulação: são usadas para estimular a memória e todo sistema cognitivo por meio de exercícios e jogos. Estas técnicas de aprimoramento de memória favorecem o caminho da informação pelas redes neurais.
· Estratégias de codificação: a codificação é o momento de registro da informação, da aprendizagem. Existem estratégias usadas para fortalecer a codificação e o registro da memória.

Segundo Katz (2000), exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira apresentam efeitos positivos sobre a memória, semelhante ao que ocorre com exercícios musculares realizados para manter a forma física, atividade cerebral também deve ser realizada com freqüência, sempre procurando estimular os sentidos: olfato, paladar, tato, visão e audição bem como músicas, diferentes cores, cheiros e texturas.

Ainda segundo, Katz (2000) esse tipo de exercício pode ser denominado “Fitiness Cerebral”, que é capacidade de se manter um estado adequado da memória em forma.

FONTE: www.medicinageriatrica.com.br

T.O. na mídia

Esta reportagem passou no Jornal Anhaguera 1º Edição (12h) no dia 25/03/10 gravada na cidade de Goiânia - GO. Na matéria podem ser vistos parte do tratamento de reabilitação de pessoas com lesão medular com Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Hidroterapia.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Uso do Wi Game em reabilitação

Wii mais recente lançamento da Nintendo, vem sendo apontado como um dos games que mais apresentam funções terapêuticas. O jogo está sendo incorporado ao arsenal de recursos de reabilitação oferecidos pelos principais centros médicos americanos e europeus. A justificativa para a escolha, segundo os especialistas, é que o Wii, manuseado com controle sem fio, exige que seus jogadores executem movimentos semelhantes aos praticados nas sessões de reabilitação. Há o fortalecimento da musculatura, maior facilidade para recuperar movimentos, estímulo da atividade cerebral e aumento da capacidade de concentração e de equilíbrio.

O sucesso do Wii e dos outros games como instrumentos de reabilitação instigou a curiosidade científica. Hoje, uma das descobertas a respeito de seus efeitos é a de que, a partir dos desafios por eles criados, o cérebro é estimulado a criar células nervosas que ajudam a reestruturar áreas lesadas. “Este é um dos motivos pelos quais eles têm feito o diferencial nos tratamentos”, afirma a fisiatra Linamara Rizzo Battistella, diretora da Divisão de Medicina de Reabilitação do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Os resultados são tão favoráveis que as empresas do segmento começam a investir em novas tecnologias com o objetivo de criar brincadeiras que ofereçam mais que diversão. Nos próximos meses, por exemplo, a Nintendo e a Playstation lançarão games desenhados especialmente para serem utilizados em sessões de reabilitação. Os jogos foram desenvolvidos a partir de sugestões de especialistas de vários países, inclusive do Brasil.

A realidade virtual está sendo utilizada em países como o Canadá há cerca de 10 anos, com ótimos resultados no processo de reabilitação. “Em estudo realizado recentemente no Canadá, com 20 pacientes vítimas de acidente vascular encefálico mostrou o potencial da utilização do game na reabilitação deste tipo de doença. A pesquisa revelou que os 10 pacientes que fizeram tratamento convencional e mais 20 sessões de terapia com realidade virtual obtiveram mais benefícios funcionais para os membros superiores, quando comparados com outro grupo de 10 pessoas que realizou apenas a Fisioterapia convencional.”

Contextualizando, "A Terapia Ocupacional é a arte e a ciência de ajudar pessoas a realizarem as atividades de vida diárias que são importantes para elas, apesar de debilidades, incapacidades, ou deficiências. Na terminologia da Terapia Ocupacional, essas atividades são denominadas áreas de performance ocupacional e podem ser divididas em Atividades da Vida Diária, Atividades Laborativas e Produtivas, e Atividades de Lazer e Diversão (AOTA,1994).

A atividade ou jogo dentro do contexto da reabilitação é um dos instrumentos e recursos da Terapia Ocupacional direcionada a converter estados de disfunção ocupacional em estados de função ocupacional. Dessa forma, nós terapeutas ocupacionais estamos aptos pela nossa formação, a utilizar o Wi como recurso terapêutico para habilitar e reabilitar.

domingo, 9 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

T.O. sendo reconhecida por especialistas

Especialistas alertam para importância de ação combinada entre cirurgia e reabilitação

Possibilitar o retorno do paciente às atividades diárias e ao mercado de trabalho, com qualidade de vida, é uma das maiores preocupações dos terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas especializados na reabilitação da mão.

Reunidos em Porto Alegre (RS), em um congresso organizado pela Sociedade Brasileira de Terapeutas da Mão e do Membro Superior (SBTM), eles discutiram os avanços na área e a abordagem das técnicas usadas na correção de deficiências da mão. Uma das palestrantes convidadas, a sul-africana Corrianne Van Velze, esteve em Belo Horizonte para trocar experiências com especialistas mineiros e conhecer o trabalho desenvolvido no Brasil.

Para Corrianne, professora de terapia de mão na Universidade da Pretória, na África do Sul, a combinação entre as terapias existentes e o esforço pessoal de cada paciente é a única forma de fazer com que ele adquira a qualidade de vida perdida com o impacto de uma lesão na mão. “Muitas pessoas só passam a perceber a importância de um membro como a mão a partir do momento que sofrem um acidente ou algo similar. As mãos não somente servem para pegar as coisas, comer, escovar os cabelos ou os dentes. Fazem parte de nossas emoções, de nossa expressão como seres humanos.”

A especialista destaca que um dano na mão pode trazer conseqüências desastrosas tanto em termos funcionais, ao desabilitar um funcionário de uma empresa em seu trabalho diário, como no que diz respeito aos aspectos psicológicos. “Uma lesão na mão, dependendo da gravidade, pode danificar pele, ossos, músculos, nervos, veias e artérias. Um corte profundo, por exemplo, pode comprometer todo o funcionamento da articulação e não é somente costurar o ferimento”, comenta.

O procedimento cirúrgico, inclusive, representa apenas 10% de todo o trabalho dos especialistas. O restante – cerca de 90% – está relacionado à terapia de reabilitação. E é aí que entra o importante trabalho de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

A fisioterapia pode durar até seis meses, nos casos de esmagamento ou comprometimento grave da mão. “Nosso objetivo é tornar a mão funcional novamente”, explica Corrianne.

Entre as técnicas mais usadas na reabilitação, estão as órteses, equipamentos próprios que trabalham a funcionalidade da mão; exercícios de alongamento desenvolvidos por especialistas, que, posteriormente, são feitos em casa, pelo paciente; jogos, materiais cilíndricos, sisal e peças de madeira; e o acompanhamento multidisciplinar de médicos e psicólogos. “No caso de crianças, tentamos relacionar o treinamento à prática cotidiana da escola. E para os adultos aplicamos técnicas condizentes ao dia-a-dia no trabalho.”

Funcional

Patrícia Barroso, terapeuta ocupacional e presidente da SBTM, é especialista em mão e doutora em bioengenharia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Como parte de seu mestrado, desenvolveu uma órtese abdutora de polegar, ou seja, que contribui para a abertura (mobilidade) do dedão. Feita de termoplástico e neoprene, mesmo material usado em uniformes de mergulhador, ela é confeccionada no formato específico da mão de cada paciente.

O diferencial da órtese, feita no Laboratório de Bioengenharia do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG, é que ela se adapta a angulação funcional do polegar, sem prejuízos à circulação sangüínea da mão. “Muitos pacientes usam a órtese de dia ou dormem com ela à noite e os resultados têm sido muito positivos no retorno do paciente às atividades diárias”, acrescenta.

No caso do Brasil, Patrícia ressalta que, vivendo em um país tropical, o brasileiro não está habituado ao uso de luvas e, por isso, as lesões de mão muitas vezes não passam despercebidas. “As mãos e o rosto são nossos cartões de visita, nossa porta de entrada para as relações sociais. O tratamento das grandes deformidades é mais complexo, em parte, pelo impacto social que uma lesão provoca.”

Entre as causas mais comuns de danos à mão, estão quedas convencionais e, em homens, o tradicional jogo de futebol. “Muitos lesam cotovelos, mas fraturas de punho são mais freqüentes. O que ocorre é que os atletas acabam espalmando a mão ao cair, transformando o punho em um alvo vulnerável pela velocidade de queda do corpo.”

Atualmente, a SBTM tem 120 sócios espalhados pelas cinco regiões do país e os congressos brasileiros ocorrem em intervalos de dois anos. A grande batalha dos profissionais da área agora é a aceitação, por parte do Ministério do Trabalho e por outros órgãos, da especialidade, embora os cursos de especialização já sejam reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

Maiores causas de lesões:

• Traumas
• Quedas convencionais
• Quedas esportivas (jogo de futebol)
• Acidentes (de carro, de bicicleta, de moto)
• Feridas a faca
• Ferimentos a tiro
• Lesões provocadas por equipamentos (cortantes ou perfurantes)
• Queimaduras (em incêndios ou atividades domésticas)

Autor: Ellen Cristie

terça-feira, 4 de maio de 2010

LIVROS ESCRITOS POR TERAPEUTAS OCUPACIONAIS

AYRES, A.Jean. "Sensory Integration and the Child" (Elementos construtivos do desenvolvimento infantil) - Americana

BARROS, Denise Dias. Jardins de Abel: desconstrução do manicômio de Trieste. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo / Lemos Editorial; 1994.

BATTISTI, Mario César Guimarães, Fabulas e fobias: Uma viagem a senso percepção pela Terapia Ocupacional. Musa Editora, 2001.

BEATRIZ, Léa. Terapia Ocupacional: A lógica do capital ou do Trabalho?

BENETTON, Maria José. A Terapia Ocupacional como Instrumento nas Ações de Saúde Mental. Universidade Estadual de Campinas. 1994.

BENETTON, Jô. Trilhas Associativas: Ampliando os recursos na clínica da Terapia Ocupacional. 2ª Edição. São Paulo: Centro de Estudos de Terapia Ocupacional / Diagrama & Texto; 1999.

BRIGGS, Anne K. et alii. Perguntas e respostas de terapia ocupacional psicossocial. tradução: Célia Regina Andreotti; São Paulo: Editora Manole; 1987. 225p.

CANÍGLIA, Marília. Modelos teóricos utilizados na prática da terapia ocupacional. Ed. Expressa. 1991.

CANÍGLIA, Marília. Rumo ao objeto da Terapia Ocupacional. Ed. Cuatiara. 1991.

CANIGLIA, Marília. Terapia Ocupacional, objeto e metodologia. Ed. Expressa, 1994.

CANIGLIA, Marília. Terapia Ocupacional, saúde práxica e pós-modernidade. Ed. Cuatiara, 2000.

CARLO, Marisya de; BARTALOTTI, Celina. (org). Terapia Ocupacional no Brasil - Fundamentos e Perspectias. São Paulo, Plexus Editora, 2001.

CARLO, MMRP de. Se essa casa fosse nossa... Instituições e processos de imaginação na educação especial, 1ªed, SP, Plexus, 1999.

CHR. MEIER, J. Richle, "Sinn-voll und alltäglich" ( Com-sentido e cotidiano) – Suíça (livro cheio de sugestões práticas para interações sensório-motoras no dia-dia dos pais com a criança).

DONALD, Mac. Terapia Ocupacional em reabilitação. Ed. Santos. 4.ed.

EGGERS, Ortrud. Terapia Ocupacional no tratamento da hemiplegia do adulto. Tradução: Dr. J.Israel Lemos; Rio de Janeiro: Editora Colina; 1982.

FINGER, Jorge Augusto Ortiz. Terapia Ocupacional. São Paulo: Sarvier; 1986. 261p.

FRANCISCO, Berenice Rosa. Terapia Ocupacional. Campinas, SP: Papirus, 1988.

HAGEDORN, Rosemary. Fundamentos da prática em Terapia Ocupacional. Tradução por José Batista. São Paulo: Dynamis Editorial, 1999.Tradução de: Foundations for practice in occupational therapy.

JORGE, Rui Chamone. Chance para uma esquizofrênica. Belo Horizonte: Imprensa
Oficial, 1998.

JORGE, Rui Chamone. Museu Didático de Imagens Livres Professor Rui Chamone Jorge: mostra: "corpo grupal". Belo Horizonte: GESTO; 1997.

JORGE, Rui Chamone. O Objeto e a Especificidade da Terapia Ocupacional. Belo Horizonte: GESTO; 1990.

JORGE, Rui Chamone. Psicoterapia Ocupacional: história de um desenvolvimento. Belo Horizonte: GESTO; 1995.

JORGE, Rui Chamone. Relação Terapeuta Paciente: notas introdutórias. Belo Horizonte: Imprensa Universitária; 1989.

JORGE, Rui Chamone. Terapia Ocupacional e psiquiatria.

KATJA Biedermann, "Anregungen zur Therapiegestaltung nach SI-Grundlagen in Illustrationen” ( Sugestões ilustradas de atividades terapêuticas baseadas na Integração Sensorial ) - Suíça (livro com pouquíssimo texto - 2 pg. dizendo como utiliza-lo e 9 pg. explicando as bases do método de integração sensorial. As atividades terapêuticas sugeridas são desenhadas, sem explicações verbais, deixando que terapeuta e criança inventem entre si como brincar. ) ••H. -W. Janz (Hrsg.)”, "Beschäftigungstherapie Band II" ( Terapia Ocupacional vol. II), alemão (livro p/ a formação de Terapeutas Ocupacionais ).

LANCMAN, Selma. Loucura e Espaço Urbano: Franco da Rocha e o asylo do Juqueri. Rio de Janeiro / Belo Horizonte: Te Corá Editora; 1999.

LISBETH Vaughan-Zimmermann, "berühren, bewegen, erfahren - Anregungen für Kindergarten, Schule und Elternhaus" ( Sentir, movimentar, perceber - sugestões para a escolinha, à escola e em casa) - Suíça.

LIBERMANN, Flávia. Dança em Terapia Ocupacional. SP: Summus,1998.

MACHADO, Marília Caníglia.Terapia Ocupacional, saúde práxica e pós-modernidade. Belo Horizonte:Cuatiara, 2000.

MARTIGENA, Nidia. Ecologia Humana - utopia e realidade: nueva dimension de la Terapia Ocupacional. Gráfica centauro, 1995•

MELO, Octacília J. Terapia Ocupacional: minhas experiências. Rio de Janeiro: Disful,1981 .

MEYERHOF , Pessia Grywac. O Neonato de risco - Proposta de Intervenção no Ambiente e no Desenvolvimento.
Monografias Médicas, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional em Pediatria. Ed. Sarvier.

ORTIZ, José Augusto. Terapia Ocupacional. Ed. Sarvier,1986.
PARHAM, Diane d. Fazio, Linda S. A recreação na Terapia Ocupacional Pediátrica. Ed. Santos. 1ª ed. 2000.

PFEIFER, L.I. Comprometimento motor e aquisição de habilidades cognitivas em crianças portadoras de paralisia cerebral.Temas sobre o desenvolvimento.São Paulo, v.6.n.31, p-4-13,1997.

PIZZIGATTI, Clemência Picorati. Arte em formação do Terapeuta Ocupacional:contribuição para o ensino da arte educação para o curso de Terapia Ocupacional. Universidade Metodista de Piracicaba, 1990.

SABINE PAULI, Andrea Kisch”, Was ist los mit meinem Kind? - Bewegungsauffälligkeiten bei Kindern" (O que acontece com o meu filho? - distúrbios motores em crianças) - Alemão.

SABINE PAULI, Andrea Kisch, "Geschickte Hände - Feinmotorische Übungen für Kinder in spielerischer Form" (Mãos hábeis - exercícios lúdicos para o aprimoramento da motricidade fina para crianças) – Alemão.

SERVANTES, Luciano Ferraz. Terapia Ocupacional: pesquisa e atuação em oncologia. Campo Grande, Editora UCDB, 2002.
SOARES, Léa Beatriz Teixeira. Terapia Ocupacional: Lógica do capital ou do trabalho?. São Paulo: HUCITEC; 1991.

SPACKMANN et WILLARD. Terapêutica Ocupacional.
TASSARA, E.T. O. Terapia Ocupacional: ciência ou tecnologia? Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 4/7, p. 43-52, 1993/6.
URSULA BAUMGARTNER, Daniela Hälg, "Graphomotorik am Beispiel hyperaktiver Kinder" ( Intervenção terapêutica para o desenvolvimento da escrita no exemplo de crianças hiperativas) - Suíça

VAZ, Lisete Ribeiro, SILVA, Omar Luís Rocha da, ARAÚJO, Rogeria Pimentel de. Terapia Ocupacional – A Paixão de Imaginar com as Mãos. Rio de Janeiro: Ed. Cultura Médica, 1993.

VITTA, Fabiana C. F. Uma Identidade em construção: o terapeuta ocupacional e a criança com retardo no desenvolvimento neuropsicomotor. Edusc; 1998

WERNER Hügel, "Entwicklung und Behinderung des Körperschemas - Ein Therapieansatz aus ergotherapeutischer Sicht" ( Desenvolvimento e atraso do esquema corporal - uma proposta terapêutica sob ponto de vista da terapia ocupacional), Alemão.

sábado, 1 de maio de 2010

Terapia Ocupacional é tema de reportagem no Fantástico

O programa Fantástico, da rede Globo, exibiu no domingo dia 14/03/2010 uma reportagem mostrando o dia-a-dia das pessoas que usam cadeiras de rodas e como o trabalho dos terapeutas ocupacionais pode proporcionar a elas mais autonomia. A reportagem foi inspirada na personagem Luciana, interpretada por Alinne Moraes, na novela Viver a Vida, de Manoel Carlos. A novela é a primeira a mostrar com tantos detalhes a vida de uma pessoa cadeirante.

Muitas das adaptações feitas pelos terapeutas ocupacionais estão sendo vistas pela primeira vez por grande parte da população. De acordo com a reportagem do Fantástico, cada adaptação usada por Luciana na novela rende centenas de contatos dos telespectadores solicitando à produção mais informações sobre o acessório. A reportagem do Fantástico exibiu cadeirantes usando vários tipos de adaptações e também mostrou terapeutas ocupacionais preparando um adaptador de fechar botões para a jornalista cadeirante Flávia Cintra, que é responsável por informar a novela sobre os detalhes da vida dos cadeirantes.



Disponível no site do Crefito 3 - http://www.crefito.com.br

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A atuação da terapia ocupacional junto ao idoso

O objetivo deste texto é apresentar a Terapia Ocupacional, em sua atuação específica junto ao idoso (área geronto-geriátrica). No mundo atual e globalizado é fundamental que profissões tão importantes como esta sejam amplamente e devidamente (re)conhecidas por todos os profissionais da área da saúde que atuam conscientemente e que assim percebem a necessidade e importância de outras áreas/profissões a fim de tratar holisticamente o indivíduo-paciente.

Atuação da Terapia Ocupacional Geronto-Geriátrica

De um modo geral, é função do Terapeuta Ocupacional restabelecer as perdas físicas, mentais e sociais, que causam desajuste no idoso.

Na atuação com o idoso, a terapia Ocupacional age como um facilitador que capacita o mesmo a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes, a tomar suas próprias decisões e lhe assegurar uma conscientização de alternativas realísticas.

Através do estímulo ao auto-conhecimento e ao autocuidado, gerando uma melhoria na auto-estima, o idoso tem condições de lidar com seus potenciais e a partir daí construir uma maneira própria de se relacionar com o meio social, atuando nele mais autonomamente. Basicamente, procura-se que o idoso tenha um desempenho mais independente possível, enfatizando as áreas de auto-cuidado, do trabalho remunerado ou não, do lazer, da manutenção de seus direitos e papéis sociais.

A atividade é um meio através do qual se vivencia significado existencial através da expressão de valores, da auto-responsabilidade, da (re)descoberta de competências e habilidades, do compromisso, e de sistematicidade, podendo envolver ainda convívio social pautado por bem-estar.

A Terapia Ocupacional utiliza instrumentos de avaliação funcional, das estruturas mentais, emocionais e sociais, e avalia principalmente o desempenho das Atividades da Vida Diária, pois são os principais indicadores da autonomia do idoso.

A avaliação do idoso em terapia ocupacional é determinada pela estimativa de sua força e debilidade, pelo reconhecimento de potencialidades remanescentes e de possibilidades reais de desempenho das atividades cotidianas. Para tanto deve-se analisar o que o paciente fazia antes de sua enfermidade e/ou estado atual e o impedimento entre ambos. Avalia-se também o estado biológico (força, tônus muscular, amplitude articular, etc.), o estado psicológico (memória, estado de ânimo, capacidade de aprendizagem, etc.), o estado social (incluindo a capacidade dos que o ajudam: familiares, amigos, voluntários) e o ambiente físico (barreiras arquitetônicas e possibilidades ambientais) na perspectiva de segurança do idoso no seu lar. Todos estes fatores devem ser analisados e adaptados para obter-se o máximo aproveitamento das condições, tendo-se em conta as limitações funcionais do paciente.

A capacidade física dos idosos está limitada por alguns fatores fisiológicos: diminuição da potência muscular, fragilidade óssea, artrites e perda da elasticidade do tecido conjuntivo.

Os fatores que afetam o SNC são os que, com maior freqüência, produzem incapacidades no transcurso dos anos. Variações das atividades mentais como a diminuição de atenção, perda progressiva de memória e instabilidade emocional, adicionadas às alterações da atividade neurológica como diminuição dos reflexos e dificuldade em realizar movimentos, além das alterações sensoriais decorrentes do processo do envelhecimento.

Os idosos mostram-se ansiosos quanto à sua segurança, à sua saúde, às relações familiares e cansam-se mais facilmente a medida que a idade aumenta. Não aprendem tão rapidamente nem retém as informações recebidas como as pessoas jovens, portanto em terapia ocupacional os cuidados devem ser direcionados para estas características peculiares dos idosos.

Objetivos gerais da Terapia Ocupacional em Geriatria e Gerontologia

1. Integrar a pessoa em idade avançada à sua própria comunidade, tornando-a o mais independente possível e em contato com pessoas de todas as idades, promovendo relações interpessoais.
2. Incentivar, encorajar e estimular o idoso a continuar fazendo planos, ter ambições e aspirações.
3. Contribuir para o ajustamento psico-emocional do idoso e sua expressão social.
4. Manter o nível de atividade, alterando o ambiente se necessário.
5. Enfatizar os aspectos preventivos do envelhecimento prematuro e de promoção de saúde.
6. Reabilitação do idoso com incapacidade física e/ou mental.
Tais objetivos estão na dependência do estado de saúde do indivíduo, do seu grau de independência nas atividades da vida diária (AVD) e no seu grau de interesse e participação.

Locais de atuação da TO Geronto-Geriátrica

- Centros de Convivência, Hospitais-Dia, visando a melhoria na qualidade de vida, através da socialização, organização da rotina, recreação e lazer

- Ambulatórios, Hospitais, Centros de Especialidades Médicas, através da prevenção de agravos, decorrentes da não orientação ao paciente idoso e/ou familiares, e a reabilitação física e mental devido à degeneração ocasionada por patologias crônicas.

- Atendimentos Domiciliares, desenvolvendo adaptações ambientais (segurança do lar), treinos e orientações específicas para familiares e/ou cuidadores, e serviços especializados para atender à várias patologias (físicas e/ou mentais) que acometem os idosos, como: seqüelas de acidente vascular cerebral, mal de Parkinson, vários tipos de Demências incluindo principalmente, a Doença de Alzheimer, Depressão, Artrite Reumatóide, Doenças Cardiovasculares, Musculares e Respiratórias, entre outras.

- Instituições Asilares, Abrigos e Casas de Repouso, realizando uma atenção dirigida para a integração social do idoso institucionalizado, bem como a prevenção de degeneração física, mental e social ocasionada, na maioria das vezes, pôr um longo período de asilamento.

Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica

Esta modalidade de TO tem sido comprovada como tratamento da mais alta eficácia em vários hospitais e por diversos autores, que são unânimes em ressaltar não só os benefícios físicos advindos desse tratamento, como também os benefícios terapêuticos no caso de problemas sociais e psicológicos.

O grande objetivo da Terapia Ocupacional em Reabilitação Geriátrica é manter no idoso a vontade de viver, e que o mundo para ele continue povoado de finalidades. Sentindo-se útil e ativo ele escapa ao tédio, à decadência e à marginalização.

Em Reabilitação Geriátrica, não se insiste em metas profissionais. Sob o ponto de vista físico, o importante é o restabelecimento funcional máximo; manter as funções corporais, melhorar as funções dos músculos e articulações com o objetivo de conseguir o máximo de independência física, sobretudo em atividades da vida diária. Preocupação constante quando acamado, como mudanças de posição, tratamento da pele, exercícios físicos, visando sempre ao aspecto preventivo de invalidez permanente.

Observar os princípios que são específicos nos casos de incapacidade física como, idealizar e adaptar os equipamento auxiliares para o idoso, como por exemplo o uso de próteses auditivas, amplificadores de som e outros.

Dentre as principais patologias e disfunções atendidas pela Terapia Ocupacional destacam-se:

Os Acidentes Vasculares Cerebrais, Mal de Parkinson, Doença de Alzheimer e diversos tipos de Demências, as Doenças Reumáticas e Artríticas, seqüelas decorrentes de doenças crônico-degenerativas como o Diabetes, as Neoplasias, a Hanseníase, entre outras.

A Terapia Ocupacional no tratamento do Acidente Vascular Cerebral

Dentre alguns objetivos gerais, destacam-se:
- Prevenção e correção de deformidades.
- Melhoria da função sensitivo-motora.
- Melhoria da função física no hemicorpo afetado, ao máximo grau.
- Melhoria da destreza e habilidade no hemicorpo são.
- Melhoria da capacidade funcional nas atividades pessoais e da vida diária, utilizando se necessário adaptações que permitam independência.
- Estimulação da capacidade para o pensamento organizador e abstrato.
- Estimulação da capacidade para as tarefas domésticas com ou sem uso de adaptações visando uma progressiva independência.
- Estimulação das funções cognitivas afetadas.
- Melhoria da função da comunicação diante de uma possível afasia.
- Desenvolvimento de aptidões vocacionais e/ou profissionais através da simulação do trabalho.
- Auxílio no planejamento das atividades domésticas e comunitárias.
- Auxílio na adaptação psico-emocional frente às limitações.

A Terapia Ocupacional no tratamento do Mal de Parkinson

Dentre os objetivos buscados pela Terapia Ocupacional neste tratamento destacam-se:
- Estimular as motivações
- Melhorar ao máximo a capacidade física, a mobilidade geral e atividade voluntária das mãos.
- Favorecer uma dicção clara
- Avaliar as possibilidades da volta ao trabalho
- Contribuir aos planos de apoio continuado do paciente e sua família satisfazendo a necessidade de estímulo para manter o paciente em seu melhor nível de rendimento físico e intelectual.

Atendimento Domiciliar

Dentre as formas de atenção, o atendimento domiciliar, é aquele que proporciona ao Terapeuta Ocupacional, um maior contato com a família do idoso, facilitando a aproximação da terapia com a realidade do paciente, e colaborando na promoção e manutenção de laços afetivos entre idosos e familiares, garantindo portanto o apoio destes, e proporcionando esclarecimentos acerca das maneiras de lidar com os idosos com limitações, ou seja uma ação educativa com a família.

A compreensão dos tipos de relacionamentos estabelecidos com os idosos, proporciona ao terapeuta uma idéia de qual espaço o paciente ocupava no lar, e saber quais pessoas de sua convivência podem colaborar diretamente com a terapia.

As situações cotidianas estão incluídas num processo terapêutico mais próximo da realidade do idoso, pois abrangem algumas de suas necessidades mais primárias ( atividades da vida diária ) e outras mais secundárias.

A adequação de atividades diversas e da estrutura física domiciliar, quando necessárias, devem levar em conta os aspectos culturais particulares do idoso e sua família. Um capítulo a parte pode ser destinado a este conteúdo, disciplinas como a Ergonomia, o Desenho Industrial e a Arquitetura, compartilham deste conhecimento e propósito. A Terapia Ocupacional muito pode fazer no sentido de adequar o domicílio, ou o lugar onde o idoso reside, principalmente se este idoso faz uso de adaptações ou recursos de tecnologia assistiva. No caso dos idosos, o ambiente físico pode ser um fator de risco para várias desordens de saúde se não estiver bem adaptado às suas dificuldades e necessidades. Dentre elas destacam-se as quedas e outros acidentes semelhantes. Uma questão também pertinente é a da independência nas atividades da vida diária. Um planejamento físico adequado pode proporcionar ao idoso com deficiências ou dificuldades uma maior autonomia e segurança dentro do lar.

Objetivos do atendimento domiciliar em Terapia Ocupacional

- Conscientização e orientação familiar quanto às necessidades do idoso;
- Adaptação física, psico-emocional e social do idoso ao seu meio, e em relação à sua atual condição;
- Valorização dos aspectos culturais (hábitos e tradições), na busca de soluções de problemas;
- Organização da rotina, busca de novos interesses e potenciais.
- Proporcionar subsídios para o idoso prover o seu auto-cuidado.

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Fonte: Boletim do CRE - Ano VII - n.2 http://www.terapiaocupacional.com.br/Geriatria.htm

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Divulgação: Doe Palavras

O Hospital Mário Penna em Belo Horizonte, que cuida de pessoas com câncer, lançou um projeto sensacional, chamado "DOE PALAVRAS".
Fácil, rápido e todos podem doar um pouquinho.

Você acessa o site http://www.doepalavras.com.br/ , escreve uma mensagem de otimismo, curta(como twitter) e sua mensagem aparece no telão para os pacientes que estão em tratamento.

É muito linda a reação de esperança dos pacientes.

Participe, não apenas hoje, mas, todos os dias.

Dê um pouquinho das suas palavras e de seus pensamentos.

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Agradecimento:
Ana Cris,
É muito bom saber que estamos ligados apesar da distância.
Mande notícia da galera T.O. do sul sempre que quiser.
Bem vinda ao blog.
Obrigada,
Michelle

Compreendendo o trabalho da Terapia Ocupacional

O que é Terapia Ocupacional?

A Terapia Ocupacional é caracterizada como a profissão da área de saúde que promove o desenvolvimento, tratamento e a reabilitação de indivíduos ou grupos que necessitem de cuidados físicos, sensoriais, psicológicos e/ou sociais, de modo a ampliar seu desempenho e participação social, através de instrumentos que envolvam a atividade humana em um processo dinâmico relacional entre esta e a pessoa do paciente e a do terapeuta. Para isto o terapeuta ocupacional lançará mão, em diferentes situações, do uso específico de atividades expressivas, lúdicas, artesanais, da vida diária e de auto-manutenção, psicopedagógicas, profissionalizantes, entre outras, previamente analisadas e avaliadas, sob os aspectos anatomo-fisiológicos, cinesiológicos, psicológicos, sociais, culturais e econômicos.

A terapia Ocupacional (TO) tem um papel fundamental no processo de cura junto à pessoas que apresentem disfunções físicas, sensoriais e/ou mentais, bem como dificuldade de adaptação ao meio em decorrência dessas disfunções ou de outros processos que venham a desencadear prejuízos à saúde biopsicossocial do indivíduo e da sociedade em que está circunscrito.

O terapeuta ocupacional, sempre que necessário, trabalha em estreita cooperação com outros profissionais e atua ainda nas áreas de pesquisa científica, educacional e administrativa. Nesta última, dirigindo, supervisionando e orientando serviços próprios em instituições públicas ou privadas, educacionais e assistenciais.

As qualidades curativas do trabalho, dos exercícios e dos jogos, expedientes comuns à Terapia Ocupacional, são reconhecidas e utilizadas há milhares de anos. Os povos antigos interrelacionavam essas três atividades para o tratamento do corpo e da alma.

No século XX a Terapia Ocupacional se estruturou como profissão, inicialmente voltada para tratar/reabilitar os indivíduos que se tornaram incapacitados física e mentalmente, durante as guerras mundiais. O curso de graduação em Terapia Ocupacional foi reconhecido em 1969 e a profissão oficializada em 1971.

Objetivos da Terapia Ocupacional

Promover e manter a saúde, restaurar e/ou reforçar capacidades funcionais, facilitar a aprendizagem de funções essenciais e desenvolver habilidades adaptativas visando auxiliar o indivíduo a atingir o grau máximo possível de autonomia no ambiente social, doméstico, de trabalho e de lazer, tornando-o produtivo na vida de relação.

Metodologia de Trabalho

A prática Terapêutica Ocupacional compõe-se em:

- Realizar entrevista e anamnese junto ao paciente, e se necessário junto à família;

- avaliar o paciente na disfunção específica, levando-se em consideração a queixa principal que o paciente traz, correlacionando-a à totalidade de suas relações com o mundo;

- estabelecer os objetivos terapêuticos, se possível conjuntamente com o paciente e/ou família, destacando e ordenando as prioridades, idealizando assim um cronograma a fim de gerar um parâmetro temporal de possibilidades realísticas;

- selecionar e aplicar métodos, técnicas e recursos apropriados ao tratamento, e adequados à realidade sócio-econômica e cultural do paciente;

- criar, estimular e desenvolver condição e/ou situações que favoreçam o desencadeamento do processo terapêutico. Em terapia ocupacional, esse processo se dá, essencialmente, através da inter-relação do paciente com o terapeuta, a atividade e/ou grupo, sendo que nessa dinâmica, assume papel fundamental a pessoa do terapeuta, como um dos elementos facilitadores e integradores do processo;

- desenvolver e avaliar sistematicamente o programa estabelecido, tendo sempre como valor e referência básica para seu trabalho o respeito à condição humana daquele que está sob seus cuidados (bioética);

- avaliação do momento ideal para que o paciente possa receber alta.



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Agradecimentos:

Tai e Léo,
Obrigada pelo carinho nos comentários.
Vamos divulgar nossa querida T.O.
Abraço,
Michelle

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desconhecida, terapia ocupacional cresce

PATRÍCIA GOMES da Folha de S. Paulo

Adriana Zucker, 21, levou um ano para perceber que veterinária não era o que ela queria. Mudou de curso e de faculdade e, agora que concluiu o primeiro semestre, não tem mais dúvidas: vai aproveitar um mercado em expansão para se tornar uma terapeuta ocupacional.

A terapia ocupacional - ou t.o.- é um campo na área de saúde que cuida "do fazer das pessoas", segundo a professora Maria Auxiliadora Ferrari, coordenadora do curso do Centro Universitário São Camilo. Ou seja, ajuda pacientes que, por algum motivo, não conseguem executar suas ações cotidianas a terem uma vida normal. Isso inclui desde funções mais simples, como torcer uma roupa, depois de uma tendinite, até outras mais complexas, como a recuperação de um dependente químico.

Unidades de saúde, consultórios particulares e consultoria a empresas são algumas das áreas em que esses profissionais podem trabalhar.

Apesar de ainda ser uma graduação desconhecida, a terapia ocupacional é regulamentada desde o fim dos anos 1960 e, principalmente da última década para cá, o campo de trabalho para os terapeutas vem se expandindo muito.

Segundo a professora Regina Rossetto, coordenadora de t.o. da Santa Casa e conselheira do Crefito 3 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de SP), "está faltando gente" no mercado.

Com 25 anos de carreira, ela conta que nunca sofreu com a falta de emprego.

Segundo o Crefito 3, são 3.736 terapeutas ocupacionais habilitados no Estado de São Paulo. Desses, 1.046 estão na capital, onde o piso salarial, para uma jornada de 30 horas semanais, é de R$ 1.560.

Mesmo a maior popularização da profissão não impediu que Larissa Ferrari, 22, formanda em t.o. pelo Centro Universitário São Camilo, tivesse que explicar, muitas vezes nos últimos quatro anos, que ela não "ocupava o tempo das pessoas", mas trabalhava com promoção de saúde.

"Ninguém sabe o que é", diz Larissa, que também só ouviu falar na profissão quando um teste vocacional no ano do vestibular mostrou que ela deveria usar sua criatividade não no curso de artes cênicas, mas na terapia ocupacional.

Situação bastante familiar vive a vestibulanda Laís Magueta, 17, que, na dúvida entre enfermagem, psicologia e fisioterapia, escolheu prestar terapia ocupacional.

Numa sala de cursinho com cerca de 140 pessoas, ela é uma das poucas que vão prestar o curso e ainda não sabe ao certo o que esperar da graduação.

Das inúmeras vezes em que foi perguntada sobre o que fazia, Larissa teve trabalho para explicar que terapia ocupacional não é fisioterapia.

"Como os terapeutas ocupacionais também trabalham na área ortopédica, especialmente com a recuperação funcional dos membros superiores, muita gente confunde", afirma a terapeuta ocupacional Maria Auxiliadora Ferrari. O foco da fisioterapia, diz ela, "é o movimento", enquanto o da t.o. "é o indivíduo como um todo".

Apesar de ambas as áreas estarem reunidas em um mesmo conselho federal, o Coffito (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional), uma não é ramificação da outra. "A t.o. é uma profissão com corpo científico e conhecimento próprio", diz a professora Regina Joaquim, coordenadora do curso da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). "Nos consideramos primos", diz a conselheira do Crefito 3.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Especialidades da Terapia Ocupacional

Segundo a RESOLUÇÃO COFFITO nº. 366, de 20 de maio de 2009

Especialidade em Saúde Funcional
Áreas de Atuação:

Desempenho Ocupacional Cognitivo

Desempenho Ocupacional Neuropsicomotor

Desempenho Ocupacional Musculoesquelético

Desempenho Ocupacional Tecnologia Assistiva


Especialidade: Saúde Mental
Áreas de Atuação:

Desempenho Ocupacional Psicossocial

Desempenho Ocupacional Percepto-Cognitivo

Desempenho Ocupacional Senso-Perceptivo

Desempenho Ocupacional Psicoafetivo

Desempenho Ocupacional Psicomotor


Especialidade: Saúde Coletiva
Áreas de Atuação:

Desempenho Ocupacional e Saúde do Escolar

Desempenho Ocupacional e Saúde do Idoso

Desempenho Ocupacional e Saúde da Mulher

Desempenho Ocupacional e Saúde do Trabalhador

Desempenho Ocupacional e Saúde do Indígena


Especialidade: Saúde da Família

Área de Atuação:

A ser criada


Especialidade: Contextos Sociais
Áreas de Atuação:

Desempenho Ocupacional e Contexto Asilar

Desempenho Ocupacional e Contexto Prisional

Desempenho Ocupacional e Geração de Renda

Desempenho Ocupacional e Justiça e Cidadania

Desempenho Ocupacional e Inclusão Laboral

Desempenho Ocupacional e Liberdade Assistida

Desempenho Ocupacional e Liberdade Condicional

Desempenho Ocupacional e Seguridade Social

domingo, 25 de abril de 2010

Definições de Terapia Ocupacional

Segundo a Organização Mundial de Saúde, Terapia Ocupacional é a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente em relação às atividades de vida diária, trabalho e lazer. É a arte e a ciência de orientar a participação do indivíduo em atividades selecionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade, facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para a adaptação e produtividade, diminuir ou corrigir patologias e promover e manter a saúde.


Segundo o COFFITO - Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, é uma área do conhecimento, voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos.

O terapeuta ocupacional é um profissional dotado de formação nas Áreas de Saúde e Sociais. Sua intervenção compreende avaliar o cliente, buscando identificar alterações nas suas funções práxicas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento da sua formação pessoal, familiar e social. A base de suas ações compreende abordagens e/ou condutas fundamentadas em critérios avaliativos com eixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social, coordenadas de acordo com o processo terapêutico implementado.

O terapeuta ocupacional compreende a Atividade Humana como um processo criativo, criador, lúdico, expressivo, evolutivo, produtivo e de auto manutenção e o Homem, como um ser práxico interferindo no cotidiano do usuário comprometido em suas funções práxicas objetivando alcançar uma melhor qualidade de vida.

As atividades do profissional estendem-se por diversos campos das Ciências de Saúde e Sociais. Avalia seu cliente para a obtenção do projeto terapêutico indicado; que deverá, resolutivamente, favorecer o desenvolvimento e/ou aprimoramento das capacidades psico-ocupacionais remanescentes e a melhoria do seu estado psicológico, social, laborativo e de lazer.

LOCAIS ONDE EXERCEM SUAS ATIVIDADES:

- Hospitais Gerais;
- Ambulatórios;
- Seus consultórios;
- Centros de recuperação bio-psico-social;
-Projetos Sociais Oficiais;
- Sistemas Prisionais;
- IES;
-Órgão de controle social;
- Creches e Escolas;
- Empresas.